A última vez que escrevemos sobre um espetáculo, ao vivo, foi a 30 de Novembro de 2020. Hoje, não havia volta a dar, a tarde era promissora e a passagem dos Paraguaii numa das salas mais bonitas do país, o Theatro Circo, foi para além daquilo que esperávamos. Tivemos de a deixar registada.
Há bandas que crescem bem, caminham para o bem, as que se tornam melhor do que alguma vez podiam ter imaginado e, depois, há os Paraguaii, que nos brindaram com um concerto em que as palavras se dissolveram por entre as melodias que nos apresentaram.
Foi difícil nos segurarmos na cadeira, mas ainda mais complicado foi não desatarmos a dançar nos corredores, sem máscaras que nos impedissem de deixar todos os sentimentos fluírem. Com os Paraguaii, acabamos com a melancolia dos bons velhos tempos e reativamos a sede por um futuro recheado de espetáculos tão bons quanto este. Tragam os festivais de volta. As discotecas. As festas. O som e as luzes já temos.
A passagem da banda vimaranense, pelo Theatro Circo, fica marcada pelas atuações de “Skeleton”, o primeiro single de avanço do quinto álbum “Propeller”, assim como “Ground Control”, Insecure” e, “All my feelings fall in love”, onde o público acompanhou, ainda que sentado, as batidas que teimaram – e bem – em entranhar nos corpos. Os aplausos preencheram a sala e mesmo sem encore, ficamos preenchidos.
Não sou de muitas falas, em voz alta, mas deixo aqui a nota: que bom que foi ter o prazer de vos ver e ouvir nesta nova etapa, Paraguaii. Voltem já amanhã.
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Texto por: Teresa Montez
