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A resposta certa é ‘Oceano-Mar’ dos Ocenpsiea

Que Amor É Este

É no seu terceiro álbum, intitulado “Oceano-Mar”, que os Ocenpsiea se afirmam nos impulsos de jam-band, entregando um trabalho de som aveludado e que nos leva até a um quase que efervescente ato lounge em pleno 2021.

Ocenpsiea (ó-cên-p-ssi-a – é assim que pronuncio este emblemático acrónimo) é um quarteto, formado nos corredores do Conservatório de Braga, que conta com a presença de João Nuno Teixeira Vilaça (Percussão), Gonçalo Cravinho Lopes (Contrabaixo), Francisco Carneiro (Violino) e Tomás Alvarenga (Composição) – uma banda que combina inúmeras influências e que acaba por não seguir nenhuma tradição. A música produzida por estes quatro seres vivos torna-se rica, exuberante e imensamente agradável de ouvir quer seja em formato estúdio e/ou ao vivo.

O seu último trabalho, “Oceano-Mar”, abraça-nos num embalo muito mais experimental, comparativamente a anteriores, o que o torna no melhor caminho da banda até então. Os elementos de jazz são trazidos para primeiro plano, assim como a evidente aposta nos sintetizadores, que criam a combinação perfeita entre melodias e convidados especiais que nos vão sendo apresentados ao longo de todo o trabalho, entre eles PZ e David Bruno (que dispensam apresentações).

Os instrumentais de hip-hop impetuosos, ritmos fluidos, baladas de blues e vibrações clássicas são explorados com igual entusiasmo, em cada um dos temas, e executados com igual brio. Há uma riqueza em “Oceano-Mar” que não estava presente nos últimos trabalhos e que revoluciona a sede de palco que estes músicos nos trazem.

A partir do momento em que somos convidados a entrar em “Oceano-Mar”, com uma série de vozes radiofónicas que declamam apresentações da banda, fica claro que a banda aumentou as suas apostas de modo a se equipararem com o bom-humor e equivalente talento que lhes é, e bem, atribuído. Com entidades próprias, cada faixa solidifica a imaginação selvagem do grupo.

Os Ocenpsiea trouxeram uma nova vida a 2021. Recheada de ritmo, bem coordenada e que se prevê com um final feliz.

Texto por: Teresa Montez

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